ORIGEM
Houve, em certa época, para ser mais precisa, no século XVIII, a descoberta do ouro no córrego “TRIPUHY”, na localidade de Vila Rica, hoje, cidade de Ouro Preto. A notícia correu rápida e, o Rei de Portugal determinara que se explorasse esse minério num trabalho acelerado e para tanto, fora necessária a intensificação do tráfico de escravos - pretos da África que eram aprisionados em navios negreiros e que se destinavam ao Brasil.
Dentre as levas de escravos fora capturada a família de um certo Francisco. O Francisco, cognominado “Chico Rei”, conforme esta nossa descrição, após folhearmos um trabalho do Prof. Carlos Góes, em seu livro “História da Terra Mineira”, pode-se observar porque o Chico era chamado de rei.
Em sua terra natal, esse cidadão na simpática que na época desfrutava entre seus conterrâneos, já merecera o destaque como “rei” em festas lá realizadas. E aqui, uma vez escravo, fizera a promessa de que, quando alcançasse a sua alforria e de seus familiares, ele celebraria, com a mesma pompa e destaque, festa tal aquelas realizadas na distante e misteriosa África.
Imbuído nesta fé e, contando ainda com amigos e simpatizantes, não tardara conseguir sua liberdade; pondo-se a minerar por conta própria, encontrara avultada quantia em ouro, passando daquela condição de humilde escravo alforriado à situação de abastado milionário. Comprara a liberdade de sua esposa, do seu filho e da noiva deste, sem se falar em diversos sobrinhos e conterrâneos.
Por fim, soara a hora do cumprimento da promessa. Determinara o feitio dos cetros e das coroas e, desta forma, a população de Vila Rica assistia, atônita à exibição do “reinado” pela primeira vez em nossa pátria, o que se estendera por toda Minas Gerais, inclusive em Minas Novas.
A Festa do Rosário em Minas Novas origina-se desde os primórdios do século XIX, porque se tem notícias de sua primeira celebração em 1810. Em 1840, os pretos conseguiram o registro de um “Compromisso”, elaborado no Arcebispado da Bahia, com o título “IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS DE MINAS NOVAS”. É essa Irmandade que promove em todos os anos a realização das festas de sua Padroeira.
A FESTA EM SEU FUNCIONAMENTO
Após a realização da eleição dos novos Juizes Maiores, em princípios de Abril de cada ano, já no mês de junho, numa quinta feira, que precede ao dia 13 deste mês, a Irmandade, os fiéis e ainda o povo em geral, partem com destino ao rio Fanado a fim da busca de água para a “lavação” da igreja, cujo líquido é conduzido em “potes” e “latas” à cabeça dos participantes.
15 de Junho - Nesse dia, por volta das 12 horas à porta da igreja do Rosário, com repiques de sinos e espocar de foguetes, banda de música, além dos caixeiros e tamborileiros, tem início a celebração de uma cerimônia conhecida por “MEIO DIA”. À noite, novenas, leilões de prendas à porta da igreja, além dos bailes e batuques em diversos lugares da cidade.
15 a 23 de Junho - De 15 a 23 de Junho, celebram-se as novenas com leilões de prendas e os bailes de que já falamos, sendo que, no 23 de junho, por volta das 11 horas, um grupo de crioulos retira-se em direção à Pedra do Rosário a fim de apanhar e trasladar a imagem da Santíssima Virgem do Rosário que, recebida à porta da igreja pelo vigário da paróquia, pelos Irmãos do Rosário e grande massa de populares, é reverenciada em seus dignos merecimentos. Ato contínuo, é realizada outra cerimônia tal qual a do dia 15, sempre ao meio dia. À tarde, a armação das fogueiras e à noite a novena.
24 de Junho - Por volta das 04:00 horas da manhã, com a presença indispensável da banda de música, caixeiros e pipocar de foguetes, tem-se início à ALVORADA. Às 09:00 horas da manhã, em aparato todo especial, são os Reis conduzidos à igreja para assistirem a missa. Terminada esta, as majestades retornam a suas residências, onde é servido um almoço, regado a cachaça e com doces e sobremesas. Às 17:00 horas, inicia-se a procissão. Isto posto, a imagem é coroada no adro da igreja por um grupo de crianças. Os bailes e batuques continuam pela noite adentro.
25 de Junho - Em singular aparato os casais de reis novos e velhos, são conduzidos até a Igreja do Rosário. Ali assistirão à coleta das esmolas anuais.
Com a chegada dos reis, a Irmandade se diligencia à casa do tesoureiro em busca do cofre, o qual é conduzido à cabeça por vários fiéis. Durante esse mesmo dia, a Irmandade continua sob permanente reunião até às 19:00 horas, quando o cofre é reconduzido à casa do mesmo tesoureiro, repetindo-se o aparato da manhã que se passou.
Com o retorno dos Irmãos, celebre-se a posse dos eleitos, que são novamente conduzidos às suas residências particulares realizam-se bailes onde se desponta uma série de folclores, tais como, “MANGANGA”, a “DANÇA DE QUATRO”, o “PAULISTA”, o “VILÃO” e “BEIRA MAR”, tudo isso para render homenagens à Virgem do Rosário, Mãe da Divina Graça e nossa protetora.
Houve, em certa época, para ser mais precisa, no século XVIII, a descoberta do ouro no córrego “TRIPUHY”, na localidade de Vila Rica, hoje, cidade de Ouro Preto. A notícia correu rápida e, o Rei de Portugal determinara que se explorasse esse minério num trabalho acelerado e para tanto, fora necessária a intensificação do tráfico de escravos - pretos da África que eram aprisionados em navios negreiros e que se destinavam ao Brasil.
Dentre as levas de escravos fora capturada a família de um certo Francisco. O Francisco, cognominado “Chico Rei”, conforme esta nossa descrição, após folhearmos um trabalho do Prof. Carlos Góes, em seu livro “História da Terra Mineira”, pode-se observar porque o Chico era chamado de rei.
Em sua terra natal, esse cidadão na simpática que na época desfrutava entre seus conterrâneos, já merecera o destaque como “rei” em festas lá realizadas. E aqui, uma vez escravo, fizera a promessa de que, quando alcançasse a sua alforria e de seus familiares, ele celebraria, com a mesma pompa e destaque, festa tal aquelas realizadas na distante e misteriosa África.
Imbuído nesta fé e, contando ainda com amigos e simpatizantes, não tardara conseguir sua liberdade; pondo-se a minerar por conta própria, encontrara avultada quantia em ouro, passando daquela condição de humilde escravo alforriado à situação de abastado milionário. Comprara a liberdade de sua esposa, do seu filho e da noiva deste, sem se falar em diversos sobrinhos e conterrâneos.
Por fim, soara a hora do cumprimento da promessa. Determinara o feitio dos cetros e das coroas e, desta forma, a população de Vila Rica assistia, atônita à exibição do “reinado” pela primeira vez em nossa pátria, o que se estendera por toda Minas Gerais, inclusive em Minas Novas.
A Festa do Rosário em Minas Novas origina-se desde os primórdios do século XIX, porque se tem notícias de sua primeira celebração em 1810. Em 1840, os pretos conseguiram o registro de um “Compromisso”, elaborado no Arcebispado da Bahia, com o título “IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS DE MINAS NOVAS”. É essa Irmandade que promove em todos os anos a realização das festas de sua Padroeira.
A FESTA EM SEU FUNCIONAMENTO
Após a realização da eleição dos novos Juizes Maiores, em princípios de Abril de cada ano, já no mês de junho, numa quinta feira, que precede ao dia 13 deste mês, a Irmandade, os fiéis e ainda o povo em geral, partem com destino ao rio Fanado a fim da busca de água para a “lavação” da igreja, cujo líquido é conduzido em “potes” e “latas” à cabeça dos participantes.
15 de Junho - Nesse dia, por volta das 12 horas à porta da igreja do Rosário, com repiques de sinos e espocar de foguetes, banda de música, além dos caixeiros e tamborileiros, tem início a celebração de uma cerimônia conhecida por “MEIO DIA”. À noite, novenas, leilões de prendas à porta da igreja, além dos bailes e batuques em diversos lugares da cidade.
15 a 23 de Junho - De 15 a 23 de Junho, celebram-se as novenas com leilões de prendas e os bailes de que já falamos, sendo que, no 23 de junho, por volta das 11 horas, um grupo de crioulos retira-se em direção à Pedra do Rosário a fim de apanhar e trasladar a imagem da Santíssima Virgem do Rosário que, recebida à porta da igreja pelo vigário da paróquia, pelos Irmãos do Rosário e grande massa de populares, é reverenciada em seus dignos merecimentos. Ato contínuo, é realizada outra cerimônia tal qual a do dia 15, sempre ao meio dia. À tarde, a armação das fogueiras e à noite a novena.
24 de Junho - Por volta das 04:00 horas da manhã, com a presença indispensável da banda de música, caixeiros e pipocar de foguetes, tem-se início à ALVORADA. Às 09:00 horas da manhã, em aparato todo especial, são os Reis conduzidos à igreja para assistirem a missa. Terminada esta, as majestades retornam a suas residências, onde é servido um almoço, regado a cachaça e com doces e sobremesas. Às 17:00 horas, inicia-se a procissão. Isto posto, a imagem é coroada no adro da igreja por um grupo de crianças. Os bailes e batuques continuam pela noite adentro.
25 de Junho - Em singular aparato os casais de reis novos e velhos, são conduzidos até a Igreja do Rosário. Ali assistirão à coleta das esmolas anuais.
Com a chegada dos reis, a Irmandade se diligencia à casa do tesoureiro em busca do cofre, o qual é conduzido à cabeça por vários fiéis. Durante esse mesmo dia, a Irmandade continua sob permanente reunião até às 19:00 horas, quando o cofre é reconduzido à casa do mesmo tesoureiro, repetindo-se o aparato da manhã que se passou.
Com o retorno dos Irmãos, celebre-se a posse dos eleitos, que são novamente conduzidos às suas residências particulares realizam-se bailes onde se desponta uma série de folclores, tais como, “MANGANGA”, a “DANÇA DE QUATRO”, o “PAULISTA”, o “VILÃO” e “BEIRA MAR”, tudo isso para render homenagens à Virgem do Rosário, Mãe da Divina Graça e nossa protetora.
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